domingo, 30 de agosto de 2009

Gripe A, entre nós

Desde que foi descoberta como epidemia em abril deste ano, a Gripe A (H1N1) já matou milhares de pessoas no mundo. O Brasil ocupa o sétimo lugar na lista dos quinze países com maior taxa de mortalidade pela nova gripe (relação entre número de óbitos com a população total do país) e o primeiro em número de óbitos (veja tabela).

Foram notificados no país, 30.854 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Brasil, ou simplesmente casos graves. Do total, 6.100 tiveram confirmação laboratorial para influenza, sendo que 5.206 (85,3%) positivos para o novo vírus A (H1N1).
Gripe A no RN


O Rio Grande do Norte era um dos poucos estados brasileiros que ainda não tinham registrado mortes até a semana passada, quando Maria Avelino, 45 anos, da cidade de Água Nova, morreu vítima da gripe.

A paciente que foi transferida para Natal adquiriu o vírus em sua cidade, sem sair dela ou sem ter tido contato com ninguém que esteve em outros estados. Isso significa que o vírus circula livremente e já não há como adotar as medidas de isolamento pensadas pelo Ministério da Saúde no início da epidemia. A gripe A está entre nós.

"A gripe A está sendo tratada agora pelos profissionais da saúde e mesmo pelos órgãos como uma gripe em que a transmissão está livre, alertando que os grupos de risco como idosos, crianças, gestantes, pessoas com problemas cardíacos, com Aids e doenças respiratórios adotem algumas medidas mínimas como lavar as mãos, não compartilhar objetos pessoais e evitar locais aglomerados. No mais, não há muito o que fazer para impedir o avanço desta gripe", explica o médico pneumologista Luiz Gomes.

Luiz Gomes integra o grupo de profissionais do município que estão acompanhando mais de perto as questões referentes à Gripe A. O grupo que se reúne uma vez por semana é formado por ele, pelo médico infectologista Alfredo Pasaláqua, pelo coordenador da Vigilância Sanitária e Epidemiológica Sodré Rocha, Kalidjamayra Reis e Patrícia Targino.

O grupo atua prestando orientações em escolas da rede municipal, acompanhando os casos de pessoas que surgem com suspeitas da doença. Até a última semana, Mossoró não registrava nenhuma confirmação de Gripe A, apesar de muitas pessoas terem feito os exames.

No RN, atualmente 34 é o número de infectados pela doença, com uma vítima fatal e 48 casos descartados. Dentre os 34 casos confirmados, cinco são de pessoas que pegaram a doença ao sair do RN, o que dá mais certeza sobre a circulação e a transmissão sustentada no Estado.

São esperados 30 resultados de exames do Instituto Evandro Chagas, o que pode ocasionar um aumento da contabilidade de número de infectados nos próximos dias.

A gripe A e a gripe comum

Numa explicação simples, o médico Luiz Gomes coloca a circulação da gripe A como uma doença com consequências maiores para os grupos de risco, porém que ao se identificar os sintomas, se tratado vai ser superado como a gripe comum.

Segundo ele, depois que uma pessoa pega determinado vírus da influenza, seu organismo fica imunizado. "Se uma pessoa gripa todos os anos, pode ter certeza que ela está adquirindo um vírus que sofreu uma mutação, ou seja, é uma outra gripe", ressalta ele.

Partindo dessa afirmação, pode se perceber que o número de mortes por gripe comum em anos anteriores já foi muito maior.

Conforme os dados do Datasus, que apresenta o registro real de óbitos por municípios, estados e regiões, o Rio Grande do Norte registrou quatro óbitos por gripe comum em 2007 e quatro no ano de 2006 (o Datasus não fornece os números de 2008).

Nos dados de óbitos por pneumonia, os números são muito mais preocupantes: Em 2007 foram registrados 658 mortes, destas 40 pacientes somente de Mossoró, ou seja, a gripe A preocupa, mas há doenças que estão matando mais.

Na última quinta-feira, o Ministério da Saúde - que criou uma área apenas para dar notícias sobre a Gripe A para cidadãos e profissionais em seu site (www.saude.gov.br) - informou que agora, o número de casos está reduzindo em relação às primeiras semanas. No entanto, ainda não é possível concluir que a tendência seja definitiva, pois existem casos em investigação laboratorial ou que não tiveram as informações sobre a conclusão diagnóstica digitadas pelas secretarias estaduais e municipais de Saúde no sistema de informação.

Mutações em 2010

A preocupação do Ministério da Saúde, bem como dos profissionais de saúde, está nas incertezas sobre como o vírus da gripe A virá no ano que vem, quando ficar ainda mais resistente.

"Se é um vírus novo e vem ainda mais fortalecido, o organismo não tem defesas contra ele. Hoje a preocupação das autoridades de saúde se dá com as mudanças que o vírus da Gripe A sofrerá", ressalta Luiz Gomes.
Tamiflu
O Hospital Regional Tarcísio Maia é a instituição em Mossoró que recolhe amostras de sangue em casos de pessoas com suspeita da doença. Até o momento não há casos confirmados - entre os que passaram pelo monitoramento - mas caso se confirme o hospital tem quantidade razoável do remédio Tamiflu, enviado pelo Ministério da Saúde.

"O Tamiflu não está sendo liberado porque não há casos de Gripe A em Mossoró. Ele só pode ser liberado quando há a confirmação e o médico preenche um formulário com uma série de informações sobre o paciente, uma ficha investigativa. Mas, o hospital possui remédios suficientes", ressalta a farmacêutica do HRTM, Edileuza Targino.

O problema, no entanto, se dá com a demora nos resultados das amostras. O remédio Tamiflu só tem efeito se identificado até o terceiro dia da gripe. Após isso não faz efeito algum, pois o vírus se multiplica rapidamente.

O ideal é mesmo tomar cuidados e adotar as medidas de prevenção (Veja no quadro) e se identificar os sintomas da gripe como dores, febre alta e repentina, tosse.

Para quem deseja se informar sobre a Gripe A, vale acessar o site do Ministério da Saúde (www.saude.gov.br) ou pode ligar para o número 0800 - 61 1997.

sábado, 22 de agosto de 2009

QUESTÕES DE VESTIBULAR

QUESTÕES DE VESTIBULAR


LITERATURA

1. (UFV-MG) Leia atentamente o fragmento do sermão do Padre Antônio Vieira:

A primeira cousa que me desedifica, peixes, de vós, é que comeis uns aos outros. Grande escândalo é este, mas a circunstância o faz ainda maior. Não só vos comeis uns aos outros, senão que os grandes comem os pequenos. Se fora pelo contrário era menos mal. Se os pequenos comeram os grandes, bastara um grande para muitos pequenos; mas como os grandes comem os pequenos, não bastam cem pequenos, nem mil, para um só grande […]. Os homens, com suas más e perversas cobiças, vêm a ser como os peixes que se comem uns aos outros. Tão alheia cousa é não só da razão, mas da mesma natureza, que, sendo criados no mesmo elemento, todos cidadãos da mesma pátria, e todos finalmente irmãos, vivais de vos comer.

VIEIRA, Antônio. Obras completas do padre Antônio Vieira: sermões. Prefaciados e revistos pelo Pe. Gonçalo Alves. Porto: Lello e Irmão — Editores, 1993. v. III, p. 264-265.

O texto de Vieira contém algumas características do Barroco. Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela em que NÃO se confirmam essas tendências estéticas:
a) O culto do contraste, sugerindo a oposição bem  mal, em linguagem simples, concisa, direta e expressiva da intenção barroca de resgatar os valores greco-latinos.
b) A tentativa de convencer o homem do século XVII, imbuído de práticas e sentimentos comuns ao semipaganismo renascentista, a retomar o caminho do espiritualismo medieval, privilegiando os valores cristãos.
c) A presença do discurso dramático, recorrendo ao princípio horaciano de “ensinar deleitando” — tendência didática e moralizante, comum à Contra-Reforma.
d) O tratamento do tema principal — a denúncia à cobiça humana — através do conceptismo, ou jogo de idéias.
e) A utilização da alegoria, da comparação, como recursos oratórios, visando à persuasão do ouvinte.
2. (CEFET-PR) O excerto a seguir foi extraído da obra “Noite na Taverna”, livro de contos escritos pelo poeta ultra-romântico Álvares de Azevedo (1831-1852).

“Uma noite, e após uma orgia, eu deixara dormida no leito dela a condessa Bárbara. Dei um último olhar àquela forma nua e adormecida com a febre nas faces e a lascívia nos lábios úmidos, gemendo ainda nos sonhos como na agonia voluptuosa do amor. Saí. Não sei se a noite era límpida ou negra; sei apenas que a cabeça me escaldava de embriaguez. As taças tinham ficado vazias na mesa: aos lábios daquela criatura eu bebera até a última gota o vinho do deleite…

Quando dei acordo de mim estava num lugar escuro: as estrelas passavam seus raios brancos entre as vidraças de um templo. As luzes de quatro círios batiam num caixão entreaberto. Abri-o: era o de uma moça. Aquele branco da mortalha, as grinaldas da morte na fronte dela, naquela tez lívida e embaçada, o vidrento dos olhos mal-apertados… Era uma defunta!… e aqueles traços todos me lembravam uma idéia perdida… — era o anjo do cemitério! Cerrei as portas da igreja, que, eu ignoro por quê, eu achara abertas. Tomei o cadáver nos meus braços para fora do caixão. Pesava como chumbo…”
(São Paulo: Moderna, 1997, p. 23)

Com relação ao fragmento acima, afirma-se:
I) Acentua traços característicos da literatura romântica, como o subjetivismo, o egocentrismo e o sentimentalismo; ao contrário, despreza o nacionalismo e o indianismo, temas característicos da primeira geração romântica.
II) Idealiza figuras imaginárias, mulheres incorpóreas ou virgens, personagens que confirmam o amor inatingível, idealizado na literatura ultra-romântica. Desta forma, no 1o parágrafo, o amor platônico não é superado pelo amor físico.
III) Tematiza a morte, presente em grande parte da obra do autor.

Assinale a alternativa correta.
a) Apenas I está correta. d) Apenas I e II estão corretas.
b) Apenas II e III estão corretas. e) Apenas I e III estão corretas.
c) I, II e III estão corretas.

3. (UNOPAR-PR) Desenvolvimento do comércio de reduzida importância na Idade Média; crescente utilização do dinheiro, invenções e melhoramentos técnicos decorrentes das grandes navegações.
Os dados anteriores integram o painel histórico do
a) Classicismo. d) Arcadismo.
b) Barroco. e) Modernismo.
c) Romantismo.

4. (UNOPAR-PR)

Oh! Que saudades
Do luar da minha terra
Lá na serra branquejando
Folhas secas pelo chão
Este luar cá de cidade
Tão escuro não tem aquela saudade
Do luar lá do sertão!

Os versos acima ilustram características do Arcadismo:
a) exaltação à natureza da terra natal.
b) declarada contenção dos sentimentos.
c) expressão de sentimentos universais.
d) volta ao passado para escapar das agruras do presente.
e) oposição entre o campo e a cidade.

5. (UNOPAR-PR) Considere as seguintes afirmações:
I. A temática e a linguagem barroca expressam os conflitos experimentados pelo homem do século XVII.
II. A linguagem barroca caracteriza-se pelo emprego de figuras, como a comparação e a alegoria, entre outras.
III. A antítese e o paradoxo são as figuras que a linguagem barroca emprega para expressar a divisão entre mundo material e mundo espiritual.
IV. A estética barroca privilegia a visão racional do mundo e das relações humanas, buscando na linguagem a fuga às constrições do dia-a-dia.
Dentre elas, apenas
a) I e III estão corretas. d) I, II e IV estão corretas.
b) II e IV estão corretas. e) I, II e III estão corretas.
c) III está correta.

6. (UNOPAR-PR) Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho.

Dá-se como marco inicial do ______ em Portugal a publicação, em 1825, de “Camões”, romance escrito por ______. Também filiado a esse movimento, Alexandre Herculano representa, com “Eurico, o Presbítero”, a vertente do ______.
a) Modernismo; José Régio; presencismo.
b) Realismo; Eça de Queirós; romance naturalista.
c) Classicismo; João de Barros; teatro clássico.
d) Romantismo; Almeida Garret; romance histórico.
e) Simbolismo; Antônio Nobre; poema em prosa.

7. (UFSM-RS) A respeito da poesia de Gregório de Matos, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Tematiza motivos de Minas Gerais, onde o poeta viveu.
b) A lírica religiosa apresenta culpa pelo pecado cometido.
c) As composições satíricas atacam governantes da colônia.
d) O lirismo amoroso é marcado por sensível carga erótica.
e) Apresenta uma divisão entre prazeres terrenos e salvação eterna.

8. (UFSM-RS) Autor de Obras poéticas, apresenta, em suas composições, motivos árcades. Assinale a alternativa que identifica esse autor, associando, corretamente, seu nome à característica presente nessa obra.
a) Cláudio Manuel da Costa — desencanto e brevidade do amor
b) Basílio da Gama — preocupação com feito histórico
c) Tomás Antônio Gonzaga — celebração da natureza
d) Basílio da Gama — inspiração religiosa
e) Tomás Antônio Gonzaga — celebração da amada.

9. (UFSM-RS) O poema épico O Uraguai, de Basílio da Gama, é uma
a) composição que narra as lutas dos índios de Sete Povos das Missões, no Uruguai, contra o exército espanhol, sediado lá para pôr em prática o Tratado de Madri.
b) das obras mais importantes do Arcadismo no Brasil, pois foi a precursora das Obras Poéticas de Cláudio Manuel da Costa.
c) exaltação à terra brasileira, que o poeta compara ao paraíso, o que pode ser comprovado nas descrições, principalmente do Ceará e da Bahia.
d) crítica a Diogo Álvares Correia, misto de missionário e colono português, que comanda um dos maiores extermínios de índios da história.
e) exaltação à índia Lindóia, que morre após Diogo Álvares decidir-se por Moema, que ajudava os espanhóis na luta contra os índios.

10. (UEPA-PA) Na obra de Gregório de Matos Guerra, a ansiedade e a aflição frente à passagem do tempo sempre levaram à idéia singular de aproveitar o presente. Em qual dos fragmentos abaixo fica evidente essa afirmação?
a) A vós, Divinos olhos eclipsados
de tanto sangue e lágrimas cobertos;
pois para perdoar-me estais despertos
e por não condenar-me estais fechados…

b) Senhora Beatriz, foi o demônio,
Este amor, esta raiva, esta porfia1
Pois não canso de noite nem de dia
Em cuidar desse negro matrimônio.

c) Hoje poderei
Convosco casar
E hoje consumar
Amanhã não sei
Porque perderei
a minha saúde
e em um ataúde
me podem levar
o corpo a enterrar,
porque vos enoje:
casemo-nos hoje,
que amanhã vem longe.

d) Pequei senhor: mas não porque hei pecado,
da vossa Alta Piedade me despido:
Antes, quanto mais tenho delinqüido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado…

e) Quem a pôs nesse socrócio2?
Quem causa tal perdição?
E o maior desta loucura?
Notável desaventura
De um poço néscio3 e sandeu4,
Que não sabe o que perdeu
Negócio, ambição, usura.

1. porfia = disputa, esforço. / 2. socrócio = altar de sofrimento. / 3. néscio = estúpido. / 4. sandeu = idiota, tolo.

Gabarito - 3ª Série A/ B (Atividade avaliativa)

Resposta


1- a) As oposições espaciais se dão tanto dentro de cada estrofe como entre elas: na primeira, meu corpo (=aqui) x namorada na janela (=ali); na segunda, outras vidas (=ali) x minha vida (=aqui). Entre ambas, a oposição é ainda mais nítida: deste lado x do outro lado. No entanto, essas oposições ficam atenuadas na medida em que a namorada na janela faz parte do seu sonho e as outras vidas vivem da vida do eu lírico, ocorrendo, portanto, um processo de inclusão do ali no aqui, do exterior no interior, do outro no eu.

b) Ambas fazem uma alusão ao eu do poeta dividido entre o interior e o exterior. No primeiro poema, o eu se diz cheio de sonho, há o encanto e a possibilidade do outro. Em Amostra da poesia local o poeta se mostra descrente, desencantado, solitário e vazio. O interior do eu apresenta-se diferente nos dois poemas.
c) O texto, embora modernista, mantém regularidade métrica e rímica, apresentando versos curtos, redondilhos ou próximos a eles, e rimas bem marcadas (ABAAB), de fácil memorização, lembrando uma cantiga de caráter bem popular e de tom brincalhão

2- b) V - V - F.

3- a) O provincianismo e o ritmo lento das cidades pequenas do interior.


     b) Os valores modernistas: aceleração da vida e do pensamento.

4- c) Alguém esquivo e silencioso, um ser abstrato até, indiferente ante os dramas existenciais do filho;

5- c) Uma recusa do poeta (“anseio de fugir”) a um apelo materialista e/ou carnal do mundo (“mercado de desejos”);

6- b) I, III e IV.

7- d) O tom satírico, presente nas Cartas Chilenas, não é observado nesse fragmento, pois, aqui, há apenas a descrição das práticas religiosas do Fanfarrão Minésio.

8- d) FVVVV

9- a) A boneca lembra a imagem de Dora.

10- c) Os dois poemas apresentam o eu lírico conformado diante da mudança inexorável da vida.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Gabarito - 1ª Série A/ B (Atividade avaliativa)

GABARITO

1) b- O moralismo vicentino localiza os vícios, não nas instituições, mas nos indivíduos que as fazem viciosas.

2) e- Representa o apogeu da cultura provençal que se irradia da França para os demais países, por meio dos trovadores e jograis

3) c- Sonetos e canções

4) c- Histórico-literário, pela seriedade da pesquisa histórica, pelas qualidades do estilo e pelo tratamento literário, que reveste a narrativa histórica de um tom épico e compõe cenas de grande realismo plástico, além do domínio da técnica dramática de composição

5) b- Fundamenta-se na noção bíblica de que o homem é pó e ao pó retornará, e de que só a transcendência liberta o homem de seu insignificância terrena

6) d- É mais espontânea que a poesia trovadoresca, pela superação da influência provençal, pela ausência de normas para a composição poética e pelo retorno á medida velha

7) c- Episódio de Inês de Castro.

8) e- Epílogo.

9) e- No episódio do velho do Restelo, o personagem incentiva os portugueses para que prossigam em suas navegações.

10) a- Narra a viagem de Vasco da Gama às Índias.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

ATENÇÃO ALUNOS

As avaliações estão chegando, aí está um texto bacana: "O Acendedor de Lampiões" para você praticar um pouco a interpretação textual. quanto as respostas, não se preocupe que postarei em breve para que você possa se avaliar quanto a proposta da atividade.

Ps. Ainda esta semana postarei novos textos com grau de dificuldades maiores. Divirta-se!
Hélio Góis.

O ACENDEDOR DE LAMPIÕES

O ACENDEDOR DE LAMPIÕES

Lá vem o acendedor de lampiões da rua!
Este mesmo que vem infatigavelmente,
Parodiar o sol e associar-se à lua
Quando a sombra da noite enegrece o poente!

Um, dois, três lampiões, acende e continua
Outros mais a acender imperturbavelmente,
À medida que a noite aos poucos se acentua
E a palidez da lua apenas se pressente.

Triste ironia atroz que o senso humano irrita:
Ele que doira a noite e ilumina a cidade,
Talvez não tenha luz na choupana em que habita.

Tanta gente também nos outros insinua
Crenças, religiões, amor, felicidade,
Como este acendedor de lampiões da rua

Jorge Matheus de Lima (n. em União de Palmares, Alagoas a 23 Abr 1893, m. no Rio de Janeiro a 15 Nov 1953)

1- Jorge de lima nos fala nessa poesia de:
a- um vulto histórico
b- uma figura popular
c- um outro poeta
d- um prefeito interiorano
e- um sonho de criança

2- A que imita o acendedor de lampiões quando a noite se aproxima?
a- aos homens
b- à lua
c- ao sol
d- ás estrelas
e- ao fogo

3- A idéia predominante na segunda estrofe é de:
a- tranquilidade
b- dever
c- prazer
d- perseverança
e- obrigação

4- O estado de espírito no cumprimento de sua função se encontra na palavra:
a- um, dois, três
b- imperturbavelmente
c- lá vem
d- sombra
e- infatigavelmente

5- A idéia principal da terceira estrofe é de que:
a- o acendedor não sabe o que faz
b- não tem sentido o que ele faz
c- não gosta de seu trabalho
d- não tem o que oferecer aos outros
e- é obrigado a fazer esse serviço

6- Segundo a poesia, a função principal do acendedor de lampiões é:
a- imitar o sol
b- imitar a lua
c- dourar a noite
d- iluminar a cidade
c- ilumina os casarões

7- Qual o provérbio que mais se aproxima do significado da poesia?
a- “quem muito quer tudo pode”
b- “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”
c- “Falar é prata, calar é ouro”
d- “quem avisa amigo é”
e- todos os provérbios se enquadram no sentido do texto

8- O acendedor de lampiuões se compara com:
a- uma pessoa pobre que deseja a felicidade e a riqueza a todos
b- uma pessoa rica que deseja maldade e pobreza aos homens
c- um religioso que quer que “tudo vá para o inferno”
d- um trabalhador que ver compensado os seus esforços
e- Uma pessoa que é obrigada a desenvolver certa atividade

9- A poesia não é válida para os dias de hoje porque:
a- a cidade precisa ainda de lampiões
b- não se usa mais lampiões nas ruas e nas casas
c- os lampiões são, hoje em dia, muito caros
d- não há quem acenda os lampiões de rua
e- os lampiões fazem parte das classes nobres

10- A poesia é válida, essencialmente na temática, para os nossos dias, porque:
a- há pessoas que podem exercer a função de acendedor de lampiões
b- há pessoas que desejam a felicidade aos outros sem a possuírem
c- há pessoas que colecionam lampiões de rua
d- há pessoas que disputam tal emprego público
e- há pessoas que sonham em desenvolver esta profissão